COMPANHIA
NACIONAL
DE BAILADO

DANÇA






23 de julho, quinta-feira — 22:00

24 de julho, sexta-feira — 22:00

25 de julho, sábado — 22:00









     

Classificação etária M/6

     

Miguel Ramalho

Symphony of Sorrows

estreia absoluta

 

Xavier Carmo e Henriett Ventura

algo-ritmo

estreia absoluta

 

Eric Volodine, segundo Alexander Gorski

Dom Quixote

excertos do I Ato

   

   

Para a edição do Festival Ao Largo de 2020 a CNB preparou um programa que marca também o regresso da Companhia ao palco que, após um inédito período de confinamento, viu aumentar o desejo de partilhar com o público e a mesma vontade de dançar. Nesta edição que se torna por isso ainda mais especial, preparámos um programa que, atento às particularidades impostas pelo momento, continua a revelar a versatilidade e excelência do elenco da CNB. Estreamos duas novas criações contemporâneas especialmente concebidas para esta ocasião por Miguel Ramalho e a dupla Xavier Carmo/Henriett Ventura, bailarinos da Companhia que têm vindo a desenvolver um percurso paralelo no âmbito da coreografia. Em tom festivo, tão merecido, encerramos a noite envoltos numa atmosfera de boa disposição e sedução com Dom Quixote (excertos do I ato), um dos bailados mais carismáticos do repertório clássico.


   

Symphony of Sorrows

Um leve toque sobre as nossas sensações à margem da realidade humana. Os nossos corpos formam um organismo que vislumbra a imagem do que temos no subconsciente. Um universo dentro de cada corpo tornado música. Como se conseguíssemos ver cada nuance musical enquanto vivemos pequenos momentos que nos são fortemente familiares.

 

Coreografia Miguel Ramalho
Música Henryk Gorecki Symphony No.3, Op.36 Symphony of sorrowful songs

Interpretação Bailarinos da CNB


   

algo-ritmo

No espaço — tempo em que o individuo se expressa e existe ele é ÚNICO, mas faz parte da HUMANIDADE. Em algo-ritmo, procuramos uma imersão num espaço que não é espaço, num tempo que não é tempo, senão aqueles que lhes quisermos atribuir, e em que o interprete nele se imprime como ser único e singular, dentro do colectivo que o rodeia. A fórmula de Fibonacci serve de inspiração para este trabalho. A sua sequência tida por muitos matemáticos como a «impressão divina», ou a prova de uma inteligência superior, de um grande arquiteto sobre o mundo natural, será o motor para uma outra busca, a de uma impressão Humana. O propósito deste trabalho centra-se na busca de uma impressão própria e singular, única ao individuo (intérprete) e sua repercussão física sobre a cena, vista como algo irreproduzível no espaço-tempo, e na pluralidade em que ele se insere. Ninguém foi ou será alguma vez como ele, terá vivido como ele. terá as memórias que ele teve, imaginou o que ele imaginou ou sentido como ele sentiu. Acima de tudo e do «todo», vivemos num mundo globalizado onde 7 biliões de seres humanos coabitam numa esfera cada vez mais pequena, e onde a necessidade do individuo se ver como único, nunca foi tão presente.

 

Coreografia Xavier Carmo e Henriett Ventura
Música original e interpretação César Viana
Composição sonora
Sara Ross
Interpretação
Bailarinos da CNB


   

Dom Quixote excertos do I Ato

O bailado Dom Quixote é um dos grandes legados do coreógrafo Marius Petipa, que estreou em 1869, na Rússia. Em 1900 Alexander Gorski, inspirado em Petipa, apresenta uma nova versão que viria a tornar-se numa referência coreográfica desta obra. Baseado em episódios de Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, é um bailado que alterna entre uma natureza realista e popular, com o mundo de fantasia e sonho. Para a edição de 2020 do Festival Ao Largo apresentamos excertos do I ato ao longo dos quais, o espírito sedutor de Espanha se revela, entre pandeiretas e leques, através das danças contagiantes de bailarinas de rua, de toureiros, e do par amoroso desta história, Basílio e Kitri.

 

Coreografia Eric Volodine, segundo Alexander Gorski
Música Ludwig Minkus
Argumento Inspirado em Marius Petipa e Miguel de Cervantes
Cenografia e figurinos Alexander Vassiliev
Desenho de luz Richard Caswell Interpretação Bailarinos da CNB


       

BIOGRAFIAS

   

COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO


Companhia Nacional de Bailado | fotografia: Hugo David

A Companhia Nacional de Bailado foi criada por iniciativa do Governo de Portugal, em 1977. Ao longo das quatro décadas de existência tem apresentado obras de referência do reportório internacional, quer as incontornáveis do dito clássico, quanto as de coreógrafos como Balanchine, De Keersmaeker, Forsythe, Joos, Kylián, Limon, Van Manen ou Spöerli. Paralelamente tem apostado em encomendas geradoras de uma identidade própria, com especial destaque nos convites a autores portugueses como Armando Jorge, Olga Roriz, Rui Lopes Graça, Vasco Wellenkamp, Rui Horta, Fernando Duarte, Tiago Rodrigues, Victor Hugo Pontes ou Tânia Carvalho. A interligação com distintas áreas da criação artística tem sido, também, uma preocupação de muitas dessas encomendas envolvendo importantes nomes da música, teatro, cinema ou artes plásticas e aproveitando a versatilidade de um elenco, atualmente dirigido artisticamente por Sofia Campos. O desenvolvimento de relações com outras estruturas de criação tem sido também privilegiado como o provam colaborações com as principais orquestras portuguesas e conceituados maestros e instrumentistas nacionais e estrangeiros.